quinta-feira, 30 de novembro de 2006

carta de um filho aos pais

NÃO ME DÊS TUDO O QUE TE PEÇO – às vezes só peço para ver até onde posso receber.

NÃO ME GRITES – respeito-te menos quando o fazes e ensinas-me a mim também a gritar.

NÃO ME DÊS SEMPRE ORDENS – se às vezes me pedisses as coisas eu iria fazê-las mais depressa e com mais gosto.

CUMPRE AS PROMESSAS QUE FAZES, BOAS OU MÁS –Se me prometeste um prémio, dá-mo, mas dá-me também um castigo se foi essa a promessa.

NÃO ME COMPARES COM NINGUÉM, especialmente da família – se me apresentares como melhor que os outros, alguém irá sofrer; e se me apresentares como pior que os outros, serei eu quem sofrerá.

NÃO MUDES DE OPINIÃO COM DEMASIADA FREQUÊNCIA sobre o que eu devo fazer. Decide e mantém essa decisão.

DEIXA-ME APRENDER POR MIM MESMO –se tu fazes tudo por mim eu nunca poderei aprender.

NÃO DIGAS MENTIRAS diante de mim, nem me peças que as diga por ti, mesmo que seja para tirar-te de apuros. Fazes-me sentir mal e perder a fé no que dizes.

NÃO ME EXIJAS QUE DIGA SEMPRE O PORQUÊ, QUANDO FAÇO ALGO MAL – às vezes nem eu mesmo sei.

ADMITE OS TEUS ERROS – crescerá a boa opinião que tenho de ti e estarás a ensinar-me a admitir os meus.

TRATA-ME COM A MESMA AMABILIDADE COM QUE TRATAS OS TEUS AMIGOS – porque é que por sermos família não podemos tratarmo-nos com a mesma cordialidade que os amigos?

NÃO ME DIGAS QUE FAÇA UMA COISA SE TU NÃO A FAZES – eu aprenderei e farei o que tu fazes e não o que tu dizes.

NÃO ME DIGAS “NÃO TENHO TEMPO” quando te conte um problema meu. Tenta compreender-me e ajudar-me.

E AMA-ME E DIZ-MO – gosto de te ouvir dizê-lo, apesar de tu pensares que eu já o sei.

Creative Commons License


Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.

Sem comentários: